domingo, outubro 3

Entrevista com Victor Hugo Brasileiro

Em comemoração ao aniversário de dois anos do web-zine Farofa underground, decidi fazer uma entrevista com nada mais nada menos que o criador do zine. Eu mesmo. Isto mesmo. Fiz algumas perguntas, creio que de interesse daqueles que queriam saber quem eu era, e as respondi. Para quem não lembra o e-zine Farofa Underground surgiu em outubro de 2008, onde juntamente com seu amigo Helder, deu os primeiros passos deste não tão famoso zine, mas que já esta na luta por seus dois anos.

01.Como surgiu a idéia de criar um web-zine?
Victor Hugo - Sempre tive vontade de ajudar da alguma forma a cena e as bandas undergrounds paraibanas e nacionais. Sentia falta de algum espaço para que fossem divulgados os eventos, lançamentos de CDs, etc. foi assim que decidi criar o Farofa Underground.

02.O zine comemora dois anos de criação, quais foram ou quais são as maiores dificuldades encontradas?
VH - A maior dificuldade foi no inicio, pois esperava algo maior do que realmente foi. Nunca pensei em ficar conhecido, mas sim ajudar as bandas. Mas creio que com o tempo vim amadurecendo a idéia, e consegui por mais ou menos o que eu sempre quis.

03.Qual entrevistado que te impressionou na época?

VH - Teve uma época que pensei em desistir do zine, até que a banda Dissidium lançou seu primeiro trabalho de estúdio, foi algo que realmente me entusiasmou a continuar com o zine, e eles tiveram muita confiança no propósito do zine e foram muito bacanas. Foi a banda que realmente ajudou ao zine crescer mais.

04.Que mudança notável seu zine sofreu com o tempo?
VH - Um fator que estava acontecendo e que eu realmente não queria era me tornar mais um blog de downloads, em tão foi algo que realmente mudei neste tempo, os downloads são mais de bandas que disponibilizam e pedem para por lá. Outra mudança radical é nesta, que passarei a postar mensalmente, onde terei mais tempo de fazer entrevistas e por no FxUx.

05.Já levou muito bolo?

VH - Não! Só uma vez onde estavam os caras do Uzomi (RJ) e marquei com eles e o cara da organização, mas eles não apareceram, mas acabei realizando a entrevista por e-mail e os caras foram muito bacanas. A culpa não foram deles, mas sim do organizador.

06.Falando um pouco de sua vida particular, como você começou a ouvir rock/metal?
VH - Bem! Comecei a ouvir aos 9/10 anos de idade, curtindo bandas como Raimundos, Nirvana, Metallica, mas normalmente eu brinco dizendo que gosto dês de pirralho, pois meus irmão curtiam na época que eu era criança, e meu visinho tinha uma banda de crossover e eu gostava de ouvir.

07.Você toca ou já tocou em alguma banda? Qual?
VH - Sim! Aos 13/14 anos toque bateria em uma banda com meu irmão O Nexo, que eu rotulava como Punk Psicodélico, se é que isto existe. Depois formei com um amigo uma banda de thrash metal chamada Mantta, nesta eu toquei baixo.

08.Na sua opinião, o que você acha da cena atual do underground paraibano?
VH - Como todos os entrevistados daqui, a cena atual é um verdadeira montanha russa, onde tem época que esta alta, e outras esta em baixa. Infelizmente creio que esta época vai ficar por um bom tempo em baixa por falta de espaço para realização de eventos.

09.Bate bola:

a)Uma banda:
VH - Metallica
b)Um álbum:
VH - Anarcophobia (Ratos de Porão)
c)Uma música:
VH - Metal Militia
d)Qual show gostaria de ver antes de morrer:
VH - Metallica, Ozzy e Iron Maiden
e)Quem você gostaria de entrevistar no seu zine:
VH - Gostaria de bater um papo com Ozzy.

10.Deixe uma mensagem final para os leitores.
VH - Bem, gostaria de agradecer a todos aqueles que visitam o blog, e que apóiam ao meu trabalho, as bandas que depuseram seu tempo para as entrevistas e acreditaram em nosso trabalho, e principalmente que todos apóiem a cena underground e comprem o material das bandas.

Mudança nas postagens
Para se ter algo mais profissional e com maior qualidade, decidi por fazer postagens mensalmente, assim, trazemos mais entrevistas, mais noticias e resenhas dos principais eventos realizados no decorrer do mês. Ou seja, teremos um resumo dos principais acontecimentos da cena underground paraibana e nacional. Espero realmente que este seja o melhor a se fazer, pois com mais tempo para a preparação das postagens, melhor a qualidade e o profissionalismo.

Quais são os roqueiros mais chatos do mundo?

JON SCHAFFER (ICED EARTH)
Típico daqueles chefes de escritório que querem tudo da maneira deles, Jon é chato, mas tão chato, que é o único membro original remanescente do ICED EARTH. E isso atrapalhou sua própria banda. E todos sabem que um dos segredos para o sucesso de um grupo é a identidade que cria com seus fãs. O grupo já trocou de formação mais do que a Madonna troca de roupa nos shows. Fora os “pitis” de Mr. Schaffer, quando um membro decide sair por livre e espontânea vontade. O IE também era uma ótima banda de power metal, com riffs poderosos e criativos, mas após Jon ter ficado amiguinho dos alemães do BLIND GUARDIAN, sua música se encheu de corinhos insuportáveis nos refrões, típicas das trocentas bandas de metal melódico que existem por aí. Fora que lançar um album triplo ao vivo (excelente, por sinal) é muita pretensão pra uma banda que nunca chegou ao patamar de um METALLICA ou IRON MAIDEN.
Momento “Mala”: No auge do sentimento “anti-imperialista” americano, lança um DVD sobre a batalha de Gettysburg, sob o nome da banda. Mas é um documentário, sem músicas ao vivo nem nada! Terá Jon tentado um emprego como professor de história?

DAVE MUSTAINE (MEGADETH)
É o chorão da turma. Aquele que tem tudo que sempre quis, mas quer mais que seu vizinho. A história de Mustaine é mais ou menos conhecida por quem gosta de heavy metal. Começou no METALLICA, bebia vodka como se fosse água, foi chutado, jurou vingança e montou sua própria banda. Apesar de não ter atingido maior sucesso comercial que o METALLICA, o MEGADETH (ou MegaDave, como queiram) se tornou uma das maiores bandas de thrash metal da história, vendendo milhares de discos em sua carreira. Mas isso é pouco pra Mr. Mustaine. Numa cena emblemática do documentário "Some Kind of Monster", vemos Dave às lágrimas confessar para Lars Ulrich, baterista do METALLICA, o quanto se sente mal por ser o Nº 2. E quando essa parte do filme foi divulgada, o nosso querido Pato Donald do Metal se descabelou, e chamou Lars de feio, bobo e chato. Fora querer se comparar com Kirk Hammett (que o substituiu no METALLICA, e o que considero inferior à Dave), afirmando até que passou chifre no cara.
Momento “Mala”: Outro que não consegue manter sua banda com uma formação estável, Mustaine também tem o péssimo hábito de desancar seus ex-parceiros. Apesar de ter trabalhado com o fenomenal Marty Friedman, Mustaine veio a público dizer que seu atual guitarrista Chris Broderick é melhor. Infantilidade desnecessária.

RITCHIE BLACKMORE (DEEP PURPLE / RAINBOW)
Você já teve um amigo no seu bairro ou prédio, que era o dono da bola? Se o time dele perdesse, ou se ele se irritasse durante o jogo, pegava a bola e ia pra casa? Eis um discípulo de Blackmore. Um cara tão chato, que fazia questão de andar separado dos demais membros do grupo. Se o show de sua banda está sendo televisionado, é bom o câmera sair da frente, pois Ritchie vai meter a guitarra na fuça do pobre trabalhador (como visto no DVD "California Jam"). Em um ano que o DEEP PURPLE veio ao Brasil, exigiu uma limusine própria, mandou (porque pedir, pra ele, é coisa da plebe) organizar uma partida de futebol, e o uniforme tinha que ser azul e preto (arranjaram um jogo de camisas do Grêmio/RS) e mandou seu assessor avisar a todos que não dividissem a bola com ele, nem o olhassem na cara. Mas o jornalista André Barcinski não deu ouvidos e deu uma senhora entrada no guitarrista. Resultado: foi aplaudido até pelos jogadores do time de Blackmore.
Momento “Mala”: No DVD “Come Hell or High Water”, fica nítida a picuinha eterna entre Blackmore e o vocalista Ian Gillan. Logo no início do show, quando Gillan entra no palco, o guitarrista pega um copo d’água e joga no vocalista, que desvia e molha o câmera (mais um coitado). Sem contar que nas entrevistas entre o show, os membros só ficam falando mal do “simpático” guitarrista.

AXL ROSE (GUNS ‘N’ ROSES)
Uma lista de pessoas chatas sem Axl, não é uma lista, certo? Mas se formos listar as peripécias de Mr. Rose, não seria um texto, e sim, uma Bíblia. Mas o que dizer de um cidadão que, ao ver da sacada do hotel aqui no Brasil, suas fãs pedindo o telefone, joga o tal aparelho nos incautos, sem pensar se machucou ou não os “pobres humanos” (na concepção dele). Na outra vez que o Guns voltou ao Brasil em 1992, por medida de segurança, todos os objetos como telefones, refrigeradores, etc, foram embutidos ás paredes do quarto. Infelizmente esqueceram-se das cadeiras… E os milhares de jornalistas que sofreram nas mãos dele? Ou seus parceiros e ex-parceiros, que só podiam subir ao palco na hora que ele quisesse? Ou sua ex-esposa, que o acusou de diversas agressões (mas isso é normal, não é, goleiro Bruno do Flamengo?). Mas quem mais sofre com isso são seus fãs. Se você for a um show do grupo, e tiver a infelicidade de ser avistado por Axl, reze. Porque, se ele não for com sua cara, pode ter certeza que ele dá um jeito de te expulsar do local. Fora a espera de mais de 15 anos por um album de inéditas da banda, e descobrir que o tal é um verdadeiro lixo?
Momento “Mala”: A banda foi duramente criticada pela imprensa por incluir a música “Look at your game girl”, no álbum "The Spaghetti Incident". A música foi composta por Charles Manson, assassino notório (responsável pela morte da atriz Sharon Tate). Foi incluída por insistência de Axl e contra a vontade dos restantes membros da banda.

SHARON OSBOURNE
Ok, esta senhora assustadora não tem formação musical, mas está inserida no meio por ser empresária e esposa de OZZY OSBOURNE. E apesar de ter alavancado a carreira do Madman, é responsável também por ter aproveitado a imagem do marido pra se promover. Pior: no Reality Show da MTV, "The Osbournes", descobrimos que toda sua família é um asco. A filha Kelly é uma mimada enjoada, o filho Jack é um nerd que dá vontade de socar até dizer chega, e Ozzy… bem, o coitado do Ozzy é um vegetal nas mãos da esposa. E, mesmo que sejam as drogas e a bebida que tenham deixado ele assim, milhares de fãs ao redor do globo culpam Sharon por expor sua família de tal maneira (afinal, a mente por trás do programa era ela).
Momento “Mala”: Apesar da família disfuncional, Sharon defende-os com unhas e dentes. No festival Ozzfest, a distinta senhora contratou pessoas para jogar ovos no Iron Maiden, em retaliação às palvras do vocalista Bruce Dickinson, que criticou o programa de Ozzy. A banda sofreu uma enxurrada de ovos no palco, realizou um grande show, apesar disso, e Sharon foi vaiada durante toda essa palhaçada.

Sodom: revelada arte do novo album, "In War And Pieces"

Os alemães da veterana banda SODOM acabaram de finalizar o novo album, "In War And Pieces", que será lançado no dia 23 de novembro através do selo Alemão SPV/Steamhammer.
A produção do CD ficou a cargo de Waldemar Sorychta (TIAMAT, MOONSPELL, Lacuna Coil e SENTENCED), enquanto que a arte gráfica foi criada pelo ilustrador, Eliran Kantor, que já tem trabalhado com o TESTAMENT, SIGH, ANARCRUSIS e GWAR.

Annihilation Process - Violator

Após quatro longos anos, uma das bandas mais promissoras da nova onda thrash metal está de volta. Os brasilienses do Violator, aclamados pela ótima estreia "Chemical Assault", lançada em 2006, retornam à ativa com o EP "Annihilation Process", e o resultado irá fazer os fãs ficarem com uma pulga atrás da orelha.



O fato é que "Annihilation Process" é muito inferior a "Chemical Assault", e também a "Violent Mosh", EP lançado pelo grupo em 2004. O thrash metal revigorante de outrora deu lugar a um som repetitivo, pouco criativo e sem maiores inovações. Ok, eu sei que a banda bebe na fonte do thrash revisionista, reembalando o que de melhor havia no thrash metal oitentista para uma nova geração de ouvintes, mas a verdade é que o Violator já provou ser capaz de conceber trabalhos muito melhores que esse "Annihilation Process".
Todas as músicas são agressivas e rápidas, porém muito parecidas entre si. O baixo de Poney Ret, um dos destaques dos trabalhos anteriores, aqui foi simplesmente soterrado pela mixagem. Os riffs de Caçapa e Cambito são pouco inspirados. A bateria de David “Batera” Araya acaba se destacando, principalmente pela maior velocidade das músicas, mas mesmo assim o andamento excessivamente reto dos arranjos incomoda um pouco.
"Annihilation Process" guarda o seu melhor para o final. “Futurephobia” é a única faixas que se equipara ao que o grupo fez antes. Não por acaso, é a única composição do play onde a banda varia entre passagens rápidas e trechos mais lentos, o que torna a composição muito interessante. Uma grande faixa, “Futurephobia” é daquelas músicas que você ouve e, quando percebe, está batendo cabeça. Uma composição tão boa que faz você esquecer as anteriores.
Outro destaque do EP é “You'll Come Back Before Dying”, cover do Executer, uma das bandas pioneiras do thrash metal brasileiro. A versão do Violator é muito competente, esbanjando violência e com solos de guitarra que lembram os melhores momentos do Slayer.
Concluindo, "Annihilation Process" é menos do que se esperava de uma banda tão promissora quanto o Violator. O EP não chega a ser ruim, é um trabalho apenas mediano, mas deve agradar somente os fãs mais fanáticos. O ouvinte mais exigente ficará incomodado com as composições muito similares entre si e pelos arranjos pouco inspirados. Agora é torcer para que o próximo disco dos caras siga o promissor caminho mostrado em “Futurephobia”, e não a decepcionante sonoridade das demais faixas.
Faixas:
1 Poisoned by Ignorance
2 Uniformity Is Conformity
3 Give Destruction or Give Me Death
4 Apocalypse Engine
5 Deadly Sadistic Experiments
6 Futurephobia
7 You'll Come Back Before Dying (Executer)
Fonte: Whiplash

Os roqueiros mortos que deveriam estar vivos

Em 2007, a marca britânica de botas Dr. Martens, publicou uma campanha publicitária que trazia imagens de roqueiros já falecidos no paraíso. Entre eles estavam Kurt Cobain (NIRVANA), Joey Ramone (RAMONES) e Joe Strummer (THE CLASH).
A opinião das pessoas sobre a propaganda foi controversa, alguns gostaram e consideraram uma homenagem aos músicos, outros consideraram uma ofensa aos que já se foram, enfim...
Baseado nesta idéia o blog do Estadão fez uma lista com os 10 roqueiros mortos que deveriam estar vivos:
1. John Lennon (BEATLES)
2. Jimi Hendrix (THE Jimi Hendrix EXPERIENCE)
3. Kurt Cobain (NIRVANA)
4. Jim Morrison (THE DOORS)
5. Brian Jones (THE ROLLING STONES)
6. Elvis Presley
7. George Harrison (BEATLES)
8. Freddie Mercury (QUEEN)
9. John Bonham (LED ZEPPELIN)
10. Cliff Burton (METALLICA)

Fonte: O Estadão